
Sinto o perfume distante de sua sombra, essa mancha escura que penetra o vazio da noite grudando, nas paredes, a insônia.
Meus lençóis usurpam a esperança quieta dos passos.
E ferindo a impossibilidade, deixo-me rasgar inteira com fúria, fome, descaso.
Há na carne um vazio de odores.
Como se os dedos tivessem levado consigo, minha essência.
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