terça-feira, 27 de janeiro de 2009




Os poemas são pássaros


que chegam não se sabe de onde


e pousam no livro que lês.


Quando fechas o livro,


eles alçam vôo como de um alçapão.


Eles não têm pouso


nem porto alimentam-se


um instante em cada par de mãos e partem.


E olhas, então, essas tuas mãos vazias,


no maravilhado espanto de saberes


que o alimento deles já estava em ti...




(Mário Quintana)

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